viernes, 10 de marzo de 2017

Un poco de historia: el valor de las fechas


Taller y Obra Mural Neoguarani en Villa Carlos Paz, Córdoba

La memoria es la vida que transita a través del tiempo, son los hechos y las cosas tangibles e intangibles que perduran, que nos conectan con el pasado y afianzan la identidad colectiva para recordar quienes somos como seres culturales. Creada especialmente para el centenario de Villa Carlos Paz, Córdoba, la obra Mural Memoria evoca la prehistoria, la historia y la geografía de la ciudad. En ella conviven todas las memorias, la del comechingón y la de los fundadores; la de las sierras y la del río; la del paisaje natural y la del paisaje humano que hoy conforma su identidad cultural.


En la obra taller que fue realizada en la Terminal de Ómnibus de Villa Carlos Paz, participaron Luciana Arbia, Elisa Pairetti, Marilin Zárate, Raquel Vedovato, Anahi Villada, Maria Eugenia Kaden, Ines Casih, Bell Yapur, Adriana Leonor Lion, Marcela Barrionuevo, Natalia Depetris, Gile Oleiro y Rolando Peralta. Además contamos con el apoyo de la Regional 6 del Colegio de Arquitectos de la Pcia. de Córdoba y Weber.


    Miguel Hachen | Neoguarani


jueves, 9 de marzo de 2017

Entrevistas para recordar


Recuerdo con cariño una entrevista con la periodista Fernanda Reis en el Programa H2FOZ emitido por la TV Record, del año 2007, durante una muestra realizada en el Parque Nacional Iguazú, Brasil.

Gabriel García Márquez e seu manual para ser criança


"Mãe", obra da minha autoria que 
escolhi para ilustrar este texto


Aptidão e vocação

Aspiro que estas reflexões sejam um manual para as crianças aprenderem a defender-se dos adultos na aprendizagem das artes e das letras. Não tenho uma base científica, senão emocional - ou em todo caso sentimental- e se fundamenta em uma premissa improvável: se colocarmos uma criança perante uma variedade de brinquedos, ela irá escolher aquele que mais goste; acredito que essa preferência não é casual, apenas revela que a criança tem uma vocação e uma aptidão que talvez possam passar inadvertidas para os pais (sempre ocupados) e para seus professores sempre cansados.

Aptidão e vocação se manifestam muito cedo e é importante identificá-las a tempo para que no futuro possamos ajudar a criança a escolher sua profissão. As crianças numa determinada idade e sob certas condições possuem faculdades congênitas que lhes permitem enxergar muito além da realidade admitida pelos adultos. Poderiam ser resíduos de algum poder adivinatório que o gênero humano esgotou em etapas anteriores, ou - ainda - manifestações extraordinárias da intuição quase clarividente dos artistas durante a solidão do crescimento e que desaparece - como a glândula do timo- quando já não são necessárias.

Aprender é recordar

Acredito que se nasce com a vocação para escritor, pintor ou músico e em muitos casos com as condições físicas para a dança e o teatro, e com um talento propício para o jornalismo escrito entendido como um gênero literário e para o cinema entendido como uma síntese da ficção e da plástica. Neste sentido sou um platônico: aprender é recordar. Isto quer dizer que quando uma criança chega ao primeiro grau pode ir predisposto pela natureza para algum destes ofícios, mesmo que ainda não o saiba. E talvez não o saiba nunca.

Antônio Sarasate, aos quatro anos, tocou no seu violino de brinquedo uma nota que seu pai, um grande virtuoso, não conseguia dar com o seu. Sempre existe o risco de que os adultos destruam tais virtudes porque lhes parece primordiais e acabam por introduzir os seus filhos na mesma realidade fechada que aprenderam de seus próprios pais. O rigor de muitos pais com filhos artistas costuma ser idêntico ao utilizado pelas pessoas cujos filhos são homossexuais.

As aptidões a as vocações nem sempre vêem juntas. Daí o desastre de cantores com vozes sublimes que não chegam a lugar algum por falta de juízo, ou de pintores que sacrificam toda uma vida numa profissão errada, ou de escritores que não sabem contar uma história completa e em ordem.

As vantagens de não obedecer aos pais

Uma pesquisa tem demonstrado que na Colômbia não existem sistemas estabelecidos de captação precoce de aptidões e vocações como ponto de partida para uma carreira artística. Os pais não estão preparados para identificá-las no tempo certo. Geralmente contrariam a vontade dos filhos. Os pais menos drásticos propõem a seus filhos estudar uma carreira "segura" e, conservar a arte para entreter-se como hobby nas horas vagas. A sorte para a humanidade é que são poucas crianças que obedecem aos seus pais quanto ao seu futuro. É por isso algumas crianças que possuem alguma vocação assumem atitudes ardilosas para conseguir o que querem.

Aqueles que não se dão bem na escola porque não gostam das matérias, não obstante, poderiam se sair muito bem se alguém lhes ensinasse aquilo que gostam. Também pode acontecer que obtenham boas notas, não porque gostem da escola, senão para que seus pais e professores não os obriguem a abandonar "aquele brinquedo preferido" que levam escondido no coração. Há também os casos de crianças que têm que sentar-se ao piano ou perante uma prancheta de desenho sem aptidão nem vocação alguma, apenas por imposição dos pais.

Driblando as metodologias

Um grande mestre de musica, escandalizado pela impiedade dos métodos utilizados, disse que o piano deveria ser deixado num canto da casa não para que as crianças estudem "na marra" senão para que "brinquem" com ele.

Nós, os pais, queremos que nossos filhos sempre sejam melhores que nós, impondo aulas de todo tipo, no intuito de começar uma estirpe de intelectuais. No extremo oposto, não faltam as crianças que seguem sua vocação sem conhecimento dos pais e, quando estes descobrem já são estrelas de uma orquestra ou autodidatas bem sucedidos.

Professores e alunos não aceitam os métodos acadêmicos tradicionais, porém não possuem um critério comum sobre como o aprendizado poderia ser melhor. A maioria recusa os métodos vigentes pela sua rigidez e falta de atenção à criatividade e preferem ser empíricos e independentes. Outros consideram que seu destino não dependeu tanto daquilo que aprenderam na escola como da "esperteza" com que driblaram os obstáculos de pais e professores. Em geral, a luta pela sobrevivência e a falta de estímulos tem forçado à maioria a aprender sozinhos.

Empirismo ou formação acadêmica?

Os critérios sobre a disciplina são divergentes. Alguns optam pela liberdade plena enquanto outros preferem o empirismo absoluto. Aqueles que falam da não disciplina reconhecem sua utilidade, porém acreditam que esta nasce espontânea como fruto de uma necessidade interna e, portanto, não há que forçá-la. Outros prescindem a formação humanista e os fundamentos teóricos da sua arte. Outros, ainda, afirmam que a teoria não é necessária. A maioria, após anos de esforços, se subleva contra o desprestigio e as penúrias dos artistas numa sociedade que nega o caráter profissional das artes.

Não obstante, as opiniões mais duras da pesquisa estavam contra a escola, como um espaço público onde a pobreza de espírito corta as asas e é uma grande maranha aprender qualquer coisa, em especial às artes. Pensam que houve uma enorme perda de talentos devido à repetição infinita de dogmas acadêmicos, enquanto que os mais dotados apenas puderam ser grandes criadores quando não tiveram que voltar às aulas.

"Educa-se de costas para a arte", repetem professores e alunos. Estes gostam de sentir que se fizeram sozinhos. Os professores ficam ressentidos, porém admitem que ele diriam o mesmo. Talvez o certo seria dizer que todos tem razão. Pois tanto os professores quanto os alunos e, em último caso, a sociedade toda, são vítimas do sistema de ensino que está longe da realidade do país.

Não é o mesmo o ensino artístico que a educação artística. Esta é uma função social e, assim como se ensinam as matemáticas e as ciências, deve ser ensinado desde o primeiro grau o apreço e o gosto pelas artes e as letras. Por outro lado, o ensino artístico é uma carreira especializada para estudantes com aptidões e vocações específicas, cujo objetivo é formar artistas e professores como profissionais da arte.

Procura-se novos talentos

Não devemos esperar que as vocações cheguem: temos que sair a procurá-las. Estão em todas e qualquer parte, mais puras quanto mais esquecidas. São elas as que sustentam a vida eterna da música nas garagens, a pintura rebelde dos graffitis, a poesia dos botecos, o torrente infindável da cultura popular que são o pai e a mãe de todas as artes.

Proponho não apenas uma mudança de forma nas escolas de arte, gostaria que a educação artística seja planificada dentro de um sistema autônomo, que dependa de um organismo próprio da cultura e não de ministério da educação. Que não esteja centralizado, pelo contrário, que seja o coordenador do desenvolvimento cultural desde as distintas regiões do país, pois cada uma delas tem sua personalidade cultural, sua história, suas tradições, sua linguagem, em fim, suas expressões artísticas próprias.

Que se comece por educar os pais e professores na apreciação precoce das inclinações das crianças e os prepare para uma escola que preserve sua curiosidade e sua criatividade natural. De todos modos, pela arte das artes, aqueles que hão de ser já o são, mesmo que jamais cheguem a sabê-lo. Que a vida decida quem serve e quem não serve, como de todos os modos ocorre.



Gabriel García Márquez
Reconhecido escritor colombiano, Prêmio Nobel de Literatura,
autor - dentre outras obras - de "Cem anos de solidão"

Tradução livre Miguel Hachen | Neoguarani

Che Kuña Poty ha jurupité


Entrevista de Mônica Nasser

Entrevista otorgada a la periodista brasileña Mônica Nasser, durante la realización de una obra mural en Foz de Iguaz, Brasil.

miércoles, 8 de marzo de 2017

Arte público al servicio de ideales, no de ideologías

Mientras que el socialismo timonea obsesionado sobre fórmulas marxistas, el capitalismo concentra las riquezas y administra la miseria humana, hegemonizando su doctrina liberal. Como toda ideología, ambas corrientes cometieron -y aun cometen- genocidios y etnocidios, siembran miedo y cultivan odios viscerales. Lo mismo ocurrió y aún ocurre con las religiones.

Partícipes de la historia, los artistas fueron funcionales a la iglesia retratando sus “verdades” o la enfrentaron criticando sus falacias. Del mismo modo que el arte revolucionario fue subvencionado por la izquierda, estuvo al servicio de las elites liberales y otras veces combatió regímenes absolutistas, en los mal llamados sistemas democráticos de hoy, muchos artistas realizan obras respondiendo al poder de turno.

Al igual que durante el auge del movimiento muralista mexicano, hoy el contenido de las obras del arte público es mayoritariamente partidario y se continua promoviendo las luchas sociales, la discriminación y el adoctrinamiento. Con apoyo oficial, la libertad de expresarse en muros y paredes es utilizada principalmente para dividirnos entre fieles e infieles, blancos y negros, orientales y occidentales, unitarios y federales, socialistas y liberales, fanatizando a las masas que, en pleno siglo XXI, se someten ciegamente a inverosímiles sofismas. Adictos a diversas ideologías, algunos artistas ignoran que el adoctrinamiento y las luchas entre distintos sectores hoy ya son estériles, como es vano creer en el predominio o supuesta superioridad de una cultura sobre las otras.

Creo que la consciencia social del arte en general y del muralismo en particular debe orientarse hacia los contenidos que honren a la naturaleza, a los orígenes del hombre. El énfasis debe estar en los bienes primordiales de la raza humana, de la naturaleza, de la vida como un todo. Nuestro planeta como espacio vital incluye a todas las clases sociales y trasciende dogmas e ideologías. El arte público debe ser un canto a la vida y a la libertad, a la integridad de la madre tierra. El hombre y el arte deben marchar hacia un ideal universal heterogéneo.

“Ysy, Kuarahy ha Yvytu” (A Mãe Água, o Sol e o Ar - La Madre Agua, el Sol y el Aire), Obra Mural Neoguarani realizada en el Edificio do Saber, Parque Tecnológico Itaipú, Foz de Iguazú, Brasil.  

Miguel Hachen | Neoguarani

Fotografía, gentileza de Jean Pavão.

lunes, 6 de marzo de 2017

Libro El Arte de la Tierra Sin Mal: una aventura artística


Para los guaraníes la Tierra sin Mal (Yvymarae´ÿ), es una búsqueda permanente de la perfección espiritual, un viaje hacia un lugar donde el mal no esté presente. De una o de otra manera, somos muchos los que compartimos el anhelo de alcanzar ese mítico lugar de ensueños. Creo que esa Tierra sin mal está latente en cada uno de nosotros y el arte es uno de los caminos que nos lleva hacia ella.

El Arte de la Tierra sin Mal es un libro para todas las edades, para relajar la mente creativamente, dejar de lado el estrés y descubrir el artista que existe dentro de ti. 

Diviértete descubriendo y pintando las aves, el follaje y los símbolos escondidos en cada uno de los dibujos. Escoge tus colores preferidos, suelta tu imaginación, y completa los espacios en blanco donde, también, podes agregar más detalles.

Miguel Hachen | Neoguarani

Murales Neoguarani



Vídeo de las Obras murales "Guyra", "Ayvu rapita" y "Ca'agüi sy ha ñande tekoha" 

Miguel Hachen | Neoguarani